Notícia
19/07/2016
Questões ambientais ameaçam a produção de carvão vegetal
Cássia Carneiro, da UFV, disse, durante o Coneflor, que estão querendo acabar com esta fonte de energia
Cássia Carneiro, professora doutora da UFV, proferiu palestra sobre o potencial do carvão vegetal
A professora doutora Cássia Carneiro, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, iniciou a palestra no 5º Congresso Nordestino de Engenharia Florestal – V Coneflor - dizendo que o setor de carvão vegetal se desenvolveu, de forma organizada, nos últimos dez anos. O consumo doméstico é de apenas 1% e 99% vão para a siderurgia.
De acordo com Cássia Carneiro, as questões ambientais estão matando a produção de carvão vegetal por parte do Ministério Público. "É muito mais ambientalmente correto produzir o ferro-gusa, que depois é transformado em aço, por meio do carvão vegetal, do que pelo carvão mineral, que é poluidor. Isso sim é preciso ser dito", destacou.
O Brasil é o maior produtor e consumidor de carvão vegetal no mundo. Para Cássia Carneiro, o setor precisa se estabelecer, de vez, no Brasil e no mundo. Apenas 25% do ferro-gusa são produzidos com o carvão vegetal, enquanto que os outros 75% vêm do carvão mineral, que é poluidor e, ainda por cima, é importado. "Podemos nos tornar grandes exportadores, não só de carvão, mas também de pellets", avaliou.
Segundo Cássia Carneiro, 81% do carvão são provenientes de florestas plantadas. As siderurgias não estão conseguindo consumir mais carvão vegetal por conta da crise e, ainda por cima, a madeira usada já foi a mesma para a celulose, ou seja, estavam fazendo carvão vegetal com a madeira errada. "O setor aprendeu, mas o mundo não enxergou isso e ainda nos cobram sustentabilidade. Hoje, há formas eficazes de produzir o carvão vegetal de forma sustentável", enfatizou Cássia Carneiro.
Fonte: Painel Florestal
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CIFlorestas disse:
17/01/2021 às 18:12
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