De acordo com Schneider (2010) o Manejo Florestal consiste em uma série de decisões tomadas para se alcançar um objetivo. Tradicionalmente a abordagem do manejo florestal está focada na produção de bens como madeira, resinas, folhas, óleos essenciais, entre outros, muito embora seja crescente na atualidade a contemplação de bens e serviços ambientais e ecológicos (MESSIER; PUETTMANN; COATES, 2014) em conjunto ou não com a produção tradicional. A produção de madeira para fins diversos é o objetivo mais tradicional e predominante das florestas plantadas. No Brasil os eucaliptos são o grupo de árvores mais plantado correspondente a 76,6% da área total de florestas plantadas, seguidos pelos Pinus (ABRAF, 2013).
Conhecer o estoque atual e estimar a produção futura é essencial no planejamento de um empreendimento florestal. O inventário florestal é, assim, fundamental para o manejo, pois ele irá fornecer os dados necessários para se planejar e realizar as atividades subsequentes como colheita, análise financeira, como também os custos e a receita. Os modelos de crescimento e produção de povoamentos são empregados nestes processos de decisão. A coleta dos dados deverá ser baseada no tipo de modelagem empregada, em nível de povoamento, de distribuição de diâmetros ou modelos de árvores individuais, assim como atender aos objetivos do manejo.
Dessa forma, neste trabalho, propõe-se aplicar o método da predição de parâmetros nos modelos de produção, relacionando cada parâmetro com o índice de local, por se considerar esse índice como o efeito da miríade de fatores bióticos e abióticos do local na produção. Os dados utilizados são de parcelas permanentes medidas anualmente no nordeste do Brasil. A altura dominante em função da idade foi estimada utilizando o modelo com o melhor ajuste, Schumacher, pelo método da curva-guia. Após a classificação do sítio, foram separados conjuntos de dados com base na classe de sítio e ajustaram-se equações para cada classe, selecionando a que obteve o melhor ajuste. A análise dos ajustes foi feita através do erro padrão residual (EPR), coeficiente de determinação ajustado ( ? 2 ) e realismo biológico. Em seguida, foram ajustados modelos lineares e não R lineares, a fim de relacionar os coeficientes do modelo volumétrico com os centros das classes de sítio. Os coeficientes do modelo foram substituídos por essas sub-equações, gerando um modelo expandido. A comparação ocorreu entre quatro métodos: o modelo original ajustado para todo o conjunto de dados, modelo original ajustado por classe de sítio, o modelo expandido com o centro da classe como covariável e o modelo expandido com o índice local como covariável. O primeiro método teve as piores estatísticas, diferindo dos outros que foram muito próximos quanto às análises.
O trabalho pode ser lido na íntegra no link da biblioteca florestal digital:
http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/handle/123456789/13308