A Exxon, uma das maiores empresas petroleiras do mundo, anunciou que investirá US$ 170 milhões na tecnologia de captura e armazenamento de carbono.
A empresa direcionará US$ 70 milhões para um único projeto com o objetivo de capturar seis milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono ao ano em uma usina de gás natural em Wyoming, nos Estados Unidos, dois milhões de toneladas a mais do que já estava sendo capturado . Os outros US$ 100 milhões serão aplicados em testes de novas tecnologias para a remoção do carbono do gás natural até 2010.
Conhecida justamente pela falta de ações ambientais, a controversa Exxon já pesquisa a tecnologia há algumas décadas. A captura e armazenamento de carbono é uma das grandes esperanças dos países desenvolvidos para auxiliar na redução das emissões de gases do efeito estufa de usinas de energia, mas ainda está em fase de pesquisa, sendo que a sua viabilidade e segurança ainda são amplamente questionados.
A princípio, a tecnologia captura as emissões de dióxido de carbono na fonte de produção e direciona para locais subterrâneos, como campos desativados de extração de petróleo e rochas porosas, onde são estocadas.
O chefe-executivo da Exxon, Rex Tillerson, ressaltou em um discurso na quinta-feira a importância atual das políticas energéticas, já que a demanda global por energia deve crescer 35% até 2030, com base no ano de 2005, apesar da atual crise econômica, da melhoria na eficiência e do crescimento das fontes alternativas.
Tillerson também defendeu a implantação de uma taxa sobre o carbono nos Estados Unidos, alegando que um sistema de limite e negociação de emissões (cap and trade) possui alguns obstáculos, como a necessidade do estabelecimento de novos mercados e novos reguladores para monitorá-los.
Segundo ele, uma taxa sobre o carbono seria mais transparente, direta e efetiva. “Uma taxa sobre o carbono nos parece a maneira mais eficiente para refletir os custos do carbono em todas as decisões econômicas, desde os investimentos feitos pelas empresas até a escolha do consumidor por combustível e produtos”, afirmou à Associated Press.