Avanço e Pesquisa
08/09/2015
Efeito de diferentes lâminas de Eucaliptus saligna e Pinus taeda na produção de painéis LVL
Artigo publicado no periódico Ciência Florestal, v.25, n.1, p.153-164, 2015, de autoria de Marcos Theodoro Müller, Clovis Roberto Haselein, Rafael Rodolfo de Melo e Diego Martins Stangerlin, relata sobre a influência de diferentes combinações de lâminas de Eucaliptus saligna e Pinus taeda em painéis LVL
Foto ilustrativa - Google
O material denominado laminated veneer lumber, ou LVL, é um produto de madeira engenheirada (engineered wood) utilizado como componente estrutural de edificações, sobretudo em países onde há tradição no uso de madeira em sistemas construtivos.
Manufaturado com lâminas de pequena espessura obtidas por corte em tornos desenroladores, sobrepostas em camadas e coladas com adesivo para uso estrutural, de modo que todas as faces sejam orientadas com a direção da grã paralela ao comprimento da peça, o LVL é concebido para oferecer resistência à flexão longitudinal, como em vigas, por exemplo (USDA, 1999; ASTM D 5456, 2001).
Diante deste contexto, o presente trabalho investigou a influência do posicionamento de lâminas de madeira de Eucalyptus saligna e Pinus taeda nas camadas de painéis Laminated Veneer Lumber (LVL). As composições foram manufaturadas em seis diferentes combinações de cinco lâminas de 3,2 mm de espessura, coladas com adesivo fenol-formaldeído, resultando em tratamentos compostos de madeira de uma mesma espécie e outros com mistura de madeira das duas espécies. A avaliação dos arranjos propostos foi realizada mediante a caracterização de propriedades físicas (teor de umidade e massa específica) e mecânicas (módulo de elasticidade – MOE e módulo de ruptura – MOR), estas verificadas em ensaios de flexão estática flatwise e edgewise.
Os resultados obtidos indicaram que, na maior parte das vezes, as diferentes posições das lâminas de maior massa específica (nas camadas externas, intermediárias e de miolo) influenciaram as propriedades mecânicas dos painéis. A influência constatada mostrou-se variada para MOE e MOR, em especial quando comparados valores para os ensaios flatwise e edgewise. Em determinadas posições, nas camadas das composições LVL, a presença de lâminas de eucalipto resultou em aumentos de rigidez e resistência. Contudo, os tratamentos constituídos por lâminas intercaladas de eucalipto e pinus mostraram interessantes performances para uso estrutural, tanto em flatwise quanto em edgewise, por apresentarem valores de MOE e de MOR que permitem distingui- los como de 1ª classe, segundo o documento técnico norte-americano APA/EWS PRL–501 (2001).
Fonte: Lucas Rocha ? Bolsista BIC: Biblioteca Florestal Digital
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CIFlorestas disse:
15/01/2021 às 15:16
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