Notícia
21/03/2021
CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO AGRO BRASILEIRO
Pode-se aceitar que a inovação tecnológica nos cenários diversificados das culturas, criações, recursos naturais, entendidos como solo, água, fauna e flora, produtores e empresas rurais, é testada, na prática, em milhões de hectares de terras, que fazem parte dos processos produtivos, desde as ofertas regulares de grãos, cereais, oleaginosas e fibras, bem como abrangendo ainda a fruticultura, olericultura, bovinocultura de leite e corte, suinocultura, avicultura, e o segmento agroflorestal!
CIÊNCIA E TECNOLOGIA NO AGRO BRASILEIRO*
Pode-se aceitar que a inovação tecnológica nos cenários diversificados das culturas, criações, recursos naturais, entendidos como solo, água, fauna e flora, produtores e empresas rurais, é testada, na prática, em milhões de hectares de terras, que fazem parte dos processos produtivos, desde as ofertas regulares de grãos, cereais, oleaginosas e fibras, bem como abrangendo ainda a fruticultura, olericultura, bovinocultura de leite e corte, suinocultura, avicultura, e o segmento agroflorestal!
Portanto, faz-se necessário também relembrar que a inovação gerada pela pesquisa agropecuária associa-se à tomada de decisão nos cenários rurais brasileiros e implica em três condicionantes indissociáveis; econômico (renda); social (qualidade de vida); e ambiental (uso correto dos recursos naturais), sem dúvida alguma, uma tarefa hercúlea e diária nos 365 dias do ano.
Presume-se a não existência de nenhum estabelecimento agropecuário exatamente igual ao outro, embora a média seja mais importante do que qualquer exceção ou ponto fora da curva!
As Ciências Agrárias, Universidades e Centros de Pesquisa continuam sendo estratégicos e indispensáveis para o agronegócio brasileiro nessa busca constante por novos saberes e descobertas, boas práticas adotadas, e por consequência de milhares de demandas do agro numa perspectiva de tempo, ou resumindo; compartilhando com quem planta, cria, abastece e exporta. Contudo, inovação não adotada não é inovação para resolver problemas, embora possa criar conhecimentos. E mais, as nações mais evoluídas gastam bilhões e bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, não apenas no sistema agropecuário, e investindo também na formação exemplar de
cientistas e
pesquisadores, dos quais dependem a sociedade brasileira e mundial nessa marcha batida rumo ao futuro presumível. O conhecimento científico acessado precede as mudanças!
Façamos uma hipótese e sem formular juízo de valor sobre essa abordagem; se o Brasil reunir
20 mil cientistas e pesquisadores de ponta, incluindo na agropecuária, numa população de
211,7 milhões de brasileiros (IBGE/2020) seriam apenas
0,00944% da população total. É o suficiente diante da magnitude e complexidades da Ciência & Tecnologia?
Não se está passando um apagador em cima dos ganhos substantivos derivados da pesquisa e desenvolvimento associados aos mercados; o agronegócio brasileiro é um bom exemplo, e os dados disponíveis confirmam isso desde a década de 1970.
Diz também um ditado; quem sabe o
porquê fazer poderá controlar aquele que apenas sabe o
como fazer, o que recomenda democratizar os acessos aos conhecimentos e práticas na diversidade de demandas e ofertas, e lembrando que o
agro é a maior fábrica de alimentos do mundo, a céu aberto, e
movida principalmente, mas não somente, pela pesquisa agropecuária, energia solar e recursos hídricos! O mundo coleciona
7,79 bilhões de habitantes, dos quais
3,5 bilhões (44,9%) já vivem nos centros urbanos (ONU News/2020). A hipótese de um retorno em massa para o campo não tem nenhuma fundamentação científica e demográfica; é futurologia!
*Engenheiro agrônomo Benjamin Salles –março/2021.
Notas; com o milho chegando perto de R$ 100,00 a saca de 60 quilos, o que poderia acontecer principalmente na suinocultura tecnificada e na avicultura brasileiras? Quais serão os impactos na agroindústria de rações, e cuja base é o milho (60% na composição)? Segundo a
Conab, a produção de milho foi de 102,5 milhões de toneladas na safra 2019/2020; e previsão de 108,0 milhões na safra 2020/2021 (6º Levantamento).
O registro mais antigo sobre a cultura do milho data de 7.300 anos em pequenas ilhas no golfo do México, sendo que é o grão mais cultivado no mundo, com
1,09 bilhão de toneladas na safra 2019/2020 (Usda).
Segundo o engenheiro agrônomo José Alberto de Ávila Pires, em dezembro de 2020 a saca de milho de 60 quilos nos EUA era de US$ US$ 9,38; e no Brasil, US$ 14,65. Já prenunciava um alerta?
As vendas externas do agronegócio brasileiro somaram US$
12,1 bilhões em janeiro/fevereiro de 2021, com um superávit de US$
9,6 bilhões (CNA); mais
exporta do que
importa! Finalmente, as tecnologias de informação, necessárias, não devem
subestimar os
contatos diretos entre os pesquisadores, produtores, bem como na assistência técnica pública e particular, na troca de saberes e experiências!
Fonte: O Autor
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CIFlorestas disse:
16/04/2021 às 23:59
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