Avanço e Pesquisa
21/10/2014
Avaliação da qualidade fisiológica e sanitária de sementes de aroeira-preta submetidas a diferentes métodos de superação de dormência
Artigo submetido à Revista Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 2, p. 289-297, abr.-jun., 2014, de autoria de Graziela Piveta, Marlove de Fátima Brião Muniz, Lia Rejane Silveira Reiniger, Cláudia Braga Dutra, Cleidionara Pacheco, relata sobre a Qualidade sanitária e fisiológica de sementes de aroeira-preta (Lithraea molleoides) submetidas a métodos de superação de dormência.
Aroeira-preta
Pertencente à família Anacardiaceae, a Lithraea molleoides (Vell.) Engl. possui ocorrência natural de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Conhecida popularmente como aroeira-preta é uma espécie produtora de carvão e de lenha de grande poder calorífico.
Em muitas espécies florestais, assim como na Lithraea molleoides, é comum encontrar sementes que, embora permanecendo viável por longos períodos no banco de sementes do solo, a germinação é lenta e irregular, mesmo quando expostas a condições ambientais favoráveis. Esse fenômeno é denominado dormência e consiste em estratégia natural de sobrevivência da semente no solo, após maturação e dispersão, para garantir a perpetuação da espécie. Neste caso, o conhecimento de suas causas é de importância prática, visto que permite a aplicação de tratamentos apropriados para se obter melhor germinação.
Outro problema encontrado no processo de germinação em sementes florestais é a qualidade sanitária, o qual pode causar anormalidade e lesão na plântula, bem como a deterioração de semente. Neste contexto, o presente estudo, realizado pela Universidade Federal de Santa Maria, teve como objetivo avaliar a qualidade fisiológica e sanitária de sementes de Lithraea molleoides (Vell.) Engl. comparando diferentes métodos de superação da dormência.
Os métodos de superação da dormência utilizados foram: escarificação ácida por 10, 15, 20 e 25 minutos; imersão em água quente, com temperatura de 70, 80 e 90 °C, até resfriar por 24 horas, imersão em ácido giberélico (GA3) na concentração de 250 e 500 mg.L-1, por 24 e 48 horas; e imersão em nitrato de potássio (KNO3) por 24 e 48 horas. Foram realizadas avaliações de sanidade, germinação e comprimento médio de plântulas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições de 25 sementes por tratamento. Os dados em percentagem foram transformados segundo arco sen√x/100 e submetidos à análise de variância. A comparação das médias foi realizada através do teste de Tukey a 5 % de significância. Foi realizada análise de correlação simples entre sementes mortas do teste de germinação e os diferentes fungos identificados no teste de sanidade.
No teste de sanidade, foram identificados com maior incidência os fungos Rhizoctonia spp., Penicillium spp., Aspergillus spp., Alternaria spp., Chaetomium spp., Epicoccum spp. De uma maneira geral, a utilização da água quente controlou a incidência dos diferentes fungos e a utilização do ácido giberélico proporcionou um aumento da incidência dos diferentes patógenos. A maior porcentagem de germinação foi observada quando se utilizou escarificação ácida por 20 minutos, imersão em água quente a 70 °C, GA3 (250 mg L-1 por 48 horas) e KNO3 por 48 horas.
Trabalho completo disponível no link da Biblioteca Digital Florestal:
http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/handle/123456789/10790
Fonte: Marina Lotti e Ana Teresa Leite - BIC: Biblioteca Digital Florestal
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CIFlorestas disse:
14/12/2019 às 02:04
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